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Por todos os lados encontra-se inscrições nas pedras, os chamados petróglifos, inscrições talhadas nas paredes de pedra das grutas, e nas grandes pedras do lugar, representam animais sagrados e locais de antigos rituais.
No dia 5 de abril de 1722, o explorador Irlandês Jacob Roggeveen atravessou o Pacífico partindo do Chile em três grandes navios europeus, e após dezessete dias de viagem desembarcou na ilha num domingo de Páscoa, daí o seu nome, que permanece até hoje. Na época haviam 8 mil nativos na ilha e metade foi levada para trabalhar como escravos nas fazendas peruanas. Em 1888 quando o Chile anexou a ilha a seu território, haviam nela somente 111 pessoas, a maioria doente.
Na pré-história humana, até 1200 a.C., a expansão polinésia é contada como uma das explorações marítimas mais dramáticas. Povos vindos do continente asiático – agricultores, navegadores, aparentemente originários do arquipélago de Bismark, a noroeste da Nova Guiné, atravessaram quase dois mil quilômetros de mar aberto, a bordo de canoas, para atingir as ilhas da Polinésia Ocidental de Fiji, Samoa e Tonga. Os polinésios, apesar da ausência de bússolas, instrumentos de metal e escrita, eram mestres da arte da navegação e da tecnologia de canoas a vela. Seus ancestrais produziam uma cerâmica conhecida como estilo lapita.
Existem fortes indícios de que, tanto as descobertas quanto a colonização das ilhas polinésias, foram planejadas por viajantes, que em uma incursão predeterminada, navegavam rumo ao desconhecido. A rota mais provável para a colonização de Páscoa deve ter sido a partir das ilhas de Mangareva, Pitcairn e Henderson, as duas últimas funcionando como trampolins, visto que uma viagem direta de Mangareva à Páscoa dura cerca de dezessete dias, principalmente transportando produtos essenciais para a sobrevivência da colônia. A transferência de muitas espécies de plantas e animais – de taro a bananas e de porcos a cachorros e galinhas, não deixam dúvidas sobre o planejamento da ocupação de Páscoa pelos seus colonizadores. Mas mesmo assim, para um povo tão primitivo, é quase impossível imaginar uma viagem tão longa, sem qualquer instrumento de orientação, e mesmo que fosse possível, como faziam para sobreviver em uma ilha tão pequena?
Ilha de Páscoa. |
Moais
Os Moais são estátuas esculpidas a partir das pedras do vulcão Rano Raraku, dispostas em diversos santuários que tinham em média 5 estátuas. O maior deles, Paro, tem 22 metros e está inacabado. Foram construídas por volta de 1300 d.C.
Os moais, cujas cabeças ostentam "pukaos" - cilindros de pedra vermelha pesando até doze toneladas, possivelmente representando um cocar de penas vermelhas - representam, de modo estilizado, um torso humano masculino de orelhas longas, sem pernas. Em sua maioria, medem entre 4,5 a 6 metros de comprimentoe pesam entre 1 a 27 toneladas.
As mais de 887 estátuas da Ilha de Páscoa contêm em si uma pergunta imediata: como um lugar tão pequeno e isolado poderia originar uma cultura capaz de obras tão espetaculares? Desvendar os mistérios desta ilha não é uma tarefa fácil. Há inúmeras décadas pesquisadores e arqueólogos têm se dedicado às questões que Páscoa suscita: quem construiu os moais? Como foram eles transportados até os ahus?
A Ilha de Páscoa é o lugar habitado mais isolado do mundo: são 118 km² de terra. Subsistiam da escassa vegetação. Em 1956, uma outra expedição, comandada pelo norueguês Thor Heyerdahl, descobriu milhares de ferramentas usadas na execução das estátuas.
Moai com um puka |
Kari Kari |
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